terça-feira, 10 de julho de 2012


Lanna Holder: o dom do recomeço...

             Após tornar pública sua saída da Assembleia de Deus (confira pronunciamento AQUI) e a união com a pastora e cantora Rosânia Rocha, a missionária pernambucana Lanna Holder protagonizou a abertura de uma nova denominação: a Comunidade Cidade de Refúgio.[1] Embora afirmando não levantar bandeiras a não ser Jesus Cristo, a Igreja nasce com uma postura essencialmente inclusiva, o que bastou para suscitar, uma vez mais, outro alvoroço e, consequentemente, retaliações e pedradas, dada a sua popularidade no meio evangélico:

            “Não nascemos com a perspectiva de levantarmos uma bandeira, mas com a missão de termos a Ele como a nossa única bandeira. Uma igreja que ama a todos e não exclui a ninguém,  que anseia ser UM LUGAR AOS ESCOLHIDOS, pela convicção de que Deus não faz acepção de pessoas.”
            “Alguns de nós fomos achados nos lixões. Abortados do seio das igrejas e das nossas casas, sufocando pela busca das respostas que muitos de nós não tínhamos, mas incansavelmente ansiávamos, pelo simples desejo de ADORÁ-LO.”

             Não precisamos procurar muito para encontrar, principalmente na internet, insultos provenientes daqueles que se dizem cristãos, dirigidos àquela que, até poucos dias atrás, era aclamada e aplaudida pela multidão. Isso me faz lembrar da entrada triunfal de Cristo em Jerusalém: os mesmos que O exaltaram com ramos de palmeiras e outras honrarias eram os mesmos que O levaram à cruz. Lembro-me também dos versos do brilhante poeta, também nordestino, Augusto dos Anjos: a mão que afaga é a mesma que apedreja.
            Orgulho-me de Lanna Holder, não apenas por sua coragem em revelar sua identidade e mudar, em nome da verdade, os rumos do seuantigo testemunho, trazendo à tona o que realmente aconteceu, mas por ela ser uma prova viva de que Deus usa quem quer, quando Ele quer, da forma como quer! Basta que o homem e a mulher se coloquem na posição de serem instrumentos Seus, e isso independe de nossa constituição! Quer queiram ou não, os milhares de cristãos que a aclamaram – e hoje a condenam – deverão engolir essa verdade.
            O cenário da pregação evangélica tradicional não será o mesmo daqui para frente. De fato eles têm muito que lamentar, mas, como o orgulho e a ignorância não permitem, atirar pedras é o caminho mais curto e prático. É óbvio que a saída de Lanna – ao menos da maioria dos púlpitos – representará uma grande perda.  Lanna Holder é um dos grandes arautos de Deus na atualidade e não deixará de sê-lo. É sua marca fazer a diferença, ser mulher destemida, que não hesita em falar a verdade, em denunciar os falsos líderes e seus abusos, em arrancar as máscaras aos fariseus da atualidade. Seu legado não será esquecido ou abandonado porque abraçou oficialmente a inclusão, pelo contrário. Mesmo sem os holofotes ou sem o glamour que a cercaram nas grandes denominações brasileiras e estrangeiras, certamente a glória da segunda casa será maior que a da primeira! (Ageu 2.3, Isaías 61.7) Que falte a multidão, que faltem os holofotes, só não falte a presença de Deus! Ouvindo suas pregações aprendi que Deus não requer que sejamos perfeitos, mas exige que sejamos verdadeiros; Deus não precisa de atores e, sim, de adoradores! Aleluia! Essas verdades têm sido o seu norte nessa nova fase.
            Lanna tem a marca do recomeço, da volta por cima, não por mérito próprio, mas por ser uma escolhida de Deus, alvo de sua graça, como todos nós. Esse recomeço será marcado pelo momento de vivenciar, na prática, a essência de suas mensagens, ou seja: o resgate às ovelhas perdidas, o acolhimento às ovelhas pródigas, o cuidado às ovelhas feridas, lançadas para fora do redil ou que temiam nele entrar por se julgarem indignas, não à toa, mas pelo que lhes foi ensinado pelo legalismo religioso.
            O povo evangélico pentecostal, grande parte formado por gente inculta e avessa à leitura, foi incapaz de compreender que, há mais de dois anos, por meio de sua autobiografia, Lanna Holder revelou-se o bastante para não ser alvo de acusações injustas. Foi evidente a mudança de suas declarações desde que voltou aos púlpitos. Em suas últimas pregações já não se ouvia o testemunho que a tornou tão famosa, embora muitos almejassem e esperassem por isso. O que se ouvia eram mensagens de denúncia, inclusão e graça infinita, em tons bastante nítidos, porém, poucos foram capazes de compreender que um novo momento estava para começar.
             Durante os últimos meses, Lanna preparou o caminho para assumir mais um ministério ao qual fora chamada: o de pastora, principalmente – não exclusivamente – da minoria bastarda e rejeitada. Tenho convicção de que cada episódio que ocorreu em sua vida foi não apenas permissão de Deus, mas plano Seu. Em uma de suas mensagens mais famosas, Prostitutos do Santuário, Lanna chega a mencionar o desejo de pastorear uma igreja a fim de abrigar todos quantos foram, de alguma forma, excluídos e rejeitados. Esse desejo nasceu de uma dura experiência. Era necessário que, em sua história e trajetória, Lanna sentisse na pele as dores de muitos, dores que a moldariam, tornando-a capaz de exercer o amor incondicional e compreender plenamente não apenas seus semelhantes, mas seus iguais, ávidos por um refúgio, por dignidade, por um lugar na Casa de Deus:

            “Somente cada um de nós pode avaliar sua própria historia e sua própria dor...
            Que a falta de visão dos lideres que cercam essa geração, não impute pecado aos sonhadores, que não enxerguem nos que sonham a embriaguês dos que almejam apenas uma vida de boemia e de ilusões, mas conheçam em nós a insistência de romper a impossibilidade pelo compromisso de buscá-Lo insistentemente até que sejamos ouvidos.
            Geramos durante  meses e porque não ousar dizer que estamos gerando há anos? A nossa hora chegou, e alguns de nós já sentem as dores de parto, a tristeza já fez seu repouso, mas já veio de malas prontas porque a alegria já selou sua morada permanente.
            Que nasça a CIDADE DE REFÚGIO, e que venham os outros REFÚGIOS, afinal, na chegada de cada um deles damos à luz nossos sonhos, rompemos as impossibilidades e a esterilidade. Que este ano seja o ano dos que insistiram em sonhar, e que as lagrimas da perseverança hoje sirvam pra regar os RAMOS NOVOS.
            Nele em quem damos frutos!

            Lanna Holder e Rosania Rocha

Jesus Cristo era inclusivo?

Diante dos constantes ataques de pessoas religiosas a igreja inclusiva surge uma duvida constante: Jesus Cristo era inclusivo?
Entre os que se dizem cristãos, se analisarmos suas atitudes e ações, achamos que não, que de maneira nenhuma ele seria inclusivo, mas hoje quero falar de um Jesus diferente desse que é pregado pelos fariseus.

“Ouviste o que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.
“Eu (Jesus), porém vos digo: amarás os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”
                                                              Mateus 5:43-44

A primeira grande lição de um Jesus misericordioso, que ensina que ao invés de atacarmos os nossos inimigos, devemos sim é ama-lós, e muitas vezes até orar por eles. Porque muitos religiosos não seguem as palavras do mestre?

“Respondeu-lhe Jesus:
Amarás o senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento,
Este é o grande e primeiro mandamento.
O segundo “semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo”
                                                                      Mateus 22:37-39

Com Jesus aprendemos a lição do amor, aquilo que não queremos para nós, não devemos querer para o nosso próximo. Mas será que este mandamento tem sido seguido?Amar o nosso próximo é se colocar no lugar da pessoa,é saber sentir a sua dor,é saber trazer palavras de conforto ao invés de palavras de acusações,afinal de contas quem tem a autoridade de julgar seu semelhante?(MT 7:01-05).O senhor Jesus era uma dessas pessoas que amava seus semelhantes,e por diversas vezes vemos ele a demonstrar isso:   

Jesus come com pecadores:

Mateus 9:10-13- Nesta ocasião Jesus se reúne com pública nos  e pecadores
, pessoas que para os fariseus não eram dignas de pena, e isso trouxe no meio deles escândalo. Porém Jesus repreende os religiosos, dizendo-lhes:
“eu não vim para os sãos, mas para os doentes”, se os religiosos de hoje são tão bons eles não precisam mais de Jesus, mas glórias a Deus, pois eu sou pecador e preciso de Jesus, o que ele quer de nós é misericórdia, e não sacrifícios tolos, que de nada servem.    

 A mulher Cananeia:


Mateus 15:21-28-Como não falar da mulher Cananéia ,quando falamos de misericórdia?  O povo cananeu era um povo que não fazia parte da aliança, eram excluídos da graça, então logo não podiam receber nada da parte de Jesus. Mas ao atender o clamor dessa mulher, ele quebrou as barreiras, e hoje não é diferente, muitos acham que os homossexuais não são dignos da misericórdia de Deus, mas Cristo quebra essa barreira e mostra que ele é o Deus tanto dos heterossexuais quanto dos homossexuais,pois ele não faz acepção de pessoas(At 10:34).Quem vê por fora é o homem ,o senhor sonda e vê os corações.como está o seu coração?Está limpo para ser a morada do mestre?

Zaqueu  o públicano :

Lucas 19:01-10- Outro exemplo de que Jesus era inclusivo,Zaqueu era um públicano ,excluído da sociedade,contudo ele tem um encontro especial com o senhor Jesus,que o encontrando entra em sua casa,come com ele e salva-o.É claro que isso causa espanto,entre as demais pessoas,mas com isso Cristo mostra que ele veio para todos,e todos podem ser filhos de Deus,ora se agradou a Deus salvar os homossexuais quem é maior que Deus para reclamar?recoa as  doces palavras do mestre: “quem não tiver pecado,que atire a primeira pedra”